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Diante das Águas - O medo, a culpa e o ódio. A A A A

Rafael sai dali deixando Tatiana sem reação, Fabiana e Tatiana ficaram de boca aberta depois de ouvirem essa frase de Rafael; Tatiana jamais podia imaginar que Rafael fosse falar com ela daquele jeito, Fabiana ficou triste com ele depois que ele disse isso; ela sentiu raiva do jeito que Rafael falou com Tatiana. —Ele não podia ter dito isso para você! Disse Fabiana.
—Eu não sei o que aconteceu com ele!
—Tatiana tem certeza que vamos deixar o Rafael ir ao encontro?
—Fabiana, eu gosto tanto dele, eu o amo como se fosse meu irmão! Ele tem que ir.
—Mas ele lhe tratou mal agora!
—Eu sei, mas vamos esquecer isso e ir embora!
As garotas vão embora. Na casa de Clara, Hugo a espera no quarto enquanto ela conversa com sua mãe sobre o assunto do psicólogo. —Mãe Cheguei, disse Clara.
—Filha... Já marquei o horário com o psicólogo, será às catorze horas. Não falte!
—Eu não vou fugir mãe!
—Você sabe que isso é muito importante para mim.
—Eu sei!
—Obrigada filha.
—Não precisa me agradecer mãe, acho que também será bom para eu me descobrir melhor!
—Eu sabia que você iria se interessar!
—Bom... Mãe... Eu vou subir.
—Não vai almoçar?
—Não estou com fome!
—Por isso que eu fico preocupada com você!
—Mãe, quando eu tiver fome, eu como alguma coisa ta bom?
—Eu não quero que você coma alguma coisa, quero que você coma comida saudável.
Clara naquele momento estava subindo a escada, quando sua mãe falou a ultima coisa para ela, Clara pára de subir as escadas, dá uma respiração profunda e continua subindo as escadas como se não tivesse escutado nada. Chegando a seu quarto, ela fala com Hugo sobre o namoro deles. —Hugo... Irei para o psicólogo às catorze horas.
—Quer que eu vá com você?
—Não! Minha mãe vai junto comigo!
—Mas estarei por perto!
—Eu quero falar hoje para minha mãe sobre você!
—Tem certeza que quer dizer isso hoje?
—Tenho! Não quero mais esconder isso dela!
—Tudo bem, então você vai contar para ela que horas?
—Assim que eu chegar!
—Eu vou com vocês!
—Ela não pode lhe vê!
—Eu vou escondido.
—Quando eu chegar você fica escondido do lado de fora enquanto eu converso com ela, então quando eu lhe chamar você aparece que eu vou lhe apresentar para ela.
—Tudo bem. Quero falar uma coisa com você!
—Pode falar Hugo!
—É em relação ao Rafael.
—Diga...
—Quando ele saiu da sala hoje, eu o persegui!
—Por que fez isso Hugo?
—Escute, ele foi para o banheiro da escola.
—E o que foi fazer atrás dele?
—Falar com ele!
—Falar o quê?
—Eu precisava saber o que ele realmente quer com você!
—Hugo ele é só meu amigo, eu já disse!
—Ele disse que lhe ama!
—O quê?
—Isso mesmo Clara, ele me disse que lhe ama!
—Impossível!
—Clara eu nunca menti para você, não será hoje que irei mentir.
—Mas eu nunca dei esperanças para ele!
—Talvez ele ache que você tenha dado!
—Eu gosto tanto do Rafael!
—Acho melhor você se afastar dele!
—Não posso fazer isso!
—Ele quer ser o seu namorado!
—Ele não será. Qualquer sentimento de amor que eu perceber irei acabar com a esperança dele, não pode acontecer nada entre nós dois!
—Eu confio em você!
—Eu também.
—Clara hoje eu senti que o Rafael pode querer fazer algum mal para mim!
—Claro que não Hugo, ele não é uma pessoa ruim.
—Não sei se ele faz o bem ou faz o mal, não consigo saber, mas de uma coisa eu sei; existe um mistério o envolvendo!
—E que mistério você acha que deve ser?
—Não sei! Não consigo definir.
—Eu vou me arrumar que daqui a pouco está na hora de eu ir para o consultório do psicólogo.
—Eu irei perseguir vocês, fica tranqüila... Que eu não vou deixar sua mãe perceber!

ALESSANDRO - A.M      

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